O governador Romeu Zema anunciou nesta terça-feira (16/6), na Cidade Administrativa, durante coletiva de imprensa virtual, a entrega de 500 respiradores. Deste total, 420 foram adquiridos com recursos da Ação Civil Pública movida contra a Samarco e suas controladoras (Vale e BHP), a título de garantia do rompimento da barragem da mineradora em 2015, em Mariana. Os 80 restantes foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Romeu Zema explicou que cerca de 320 são considerados não invasivos (beira de leito). Até o final do mês, o Estado receberá mais 100 respiradores, que estavam previstos para chegar em julho. Somados aos 80 do governo federal, 500 ventiladores passarão a equipar o sistema de Saúde do Estado.
De acordo com Zema, dez respiradores já serão destinados para Governador Valadares (Vale do Rio Doce) e mais dez para Diamantina (Central).
Os critérios para distribuição são o déficit de leitos de UTI para enfrentamento da covid-19, a taxa de ocupação dos leitos de UTI, o percentual da população SUS dependente, a situação epidemiológica da região (velocidade de transmissão da doença e número de casos novos) e a disponibilidade de ampliação de leitos apontado pela região no plano de contingência macrorregional.
O advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa, destacou a orientação do governador junto à Advocacia-Geral do Estado (AGE) no propósito de se articular e buscar no ambiente jurídico a possibilidade de adquirir insumos para o momento difícil que o Estado e o país atravessam no combate à pandemia.
Já o juiz federal Mário de Paula Franco Júnior, responsável pelo processo do desastre de Mariana, destacou a integração entre a Justiça Federal e o Governo do Estado de Minas Gerais neste momento tumultuado que o país vem enfrentando.
“O Governo de Minas tem sido um porto seguro para que, no âmbito do processo da Samarco e do desastre de Mariana, nós consigamos fazer com que isso, que tanto sofrimento e tanta dor trouxe aos mineiros, possa se reverter em alguma medida no atendimento ao interesse público”, avaliou.
Na ocasião, o governador também anunciou mais 79 novos leitos de UTI nos seguintes municípios: Lavras, Itaúna, Ipatinga, Patrocínio, São Sebastião do Paraíso, Divinópolis, Ouro Preto, João Monlevade, Governador Valadares, Unaí, Teófilo Otoni, Salinas, Taiobeiras, Lagoa da Prata e Conselheiro Lafaiete.
Desta forma, o Estado passa a contar com 2.964 novos leitos de UTI. “Hoje, a situação da estrutura do Estado é muito superior à situação de 90 dias atrás, no início da pandemia”, lembrou o governador.
Zema destacou, ainda, que a estrutura de Saúde de Minas Gerais, principalmente os hospitais da Rede Fhemig, está concentrada em Belo Horizonte. Com isso, é natural e explicado historicamente que pacientes do interior venham para a capital em busca de tratamentos de maior complexidade.
“A alegação de que a capital está sobrecarregada devido a vinda desses pacientes do interior não procede. Essa demanda é histórica. O SUS é muito anterior ao meu governo. Aliás, os hospitais foram construídos aqui com essa finalidade”, explicou.
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